Como os Exercícios me Ajudaram após a Cirurgia Bariátrica

A pedagoga e comerciante paulista Priscila Massola (@prisicilamassola ), de 35 anos, precisou recorrer a uma medida drástica. Depois de muito sofrimento por conta do excesso de peso, ela estudou durante dois anos a possibilidade de fazer uma cirurgia bariátrica. Finalmente, tomou coragem e decidiu encarar a faca.

Três meses após a operação e tendo perdido 18 kg com dieta líquida e pastosa, começou a fazer exercícios em Casa. Resultado: emagreceu mais 30 kg! No total, foram 48 kg derretidos!! Neste depoimento, ela conta tudo sobre sua bariátrica e experiência de emagrecimento. Vamos lá?

Apesar de o excesso de peso ter se tornado um problema mais grave no começo da idade adulta de Priscila, ela conta que a balança sempre foi um problema.

“Tenho 35 anos e sou uma pessoa muito ativa e comunicativa. Só que quando eu cheguei aos meus 25 anos, eu literalmente me bloqueei. A Priscila feliz e alegre foi se fechando em um mundinho. E nesse mundinho, ela fumava, era viciada em coca-cola, tinha hábitos horríveis, não malhava e não se cuidava”. 

“A Priscila feliz, carismática e alegre foi se escondendo. Fora os problemas de saúde, dor em tudo quanto é lugar, desânimo, depressão…”  

“Mesmo assim, minha luta contra a balança sempre foi frequente, desde que eu era pequena, sempre tive esse problema. Tanto que falo para todo mundo: não sei o que é usar um número 40, porque do número 16, quando eu era adolescente, já passei para os 42”.

“Quando eu cheguei aos meus 30 anos, descobri que tinha hipotiroidismo, parei de fumar e decidi tentar me cuidar”.

“Primeiro veio a mania de querer emagrecer rápido, que foi a maneira mais errada, com remédios. Eu consegui emagrecer até meus 32 anos, mas eu vivia dopada, louca e estressada por conta de remédios fortíssimos”.

“Quando eu cheguei aos 33 anos, decidi fazer a bariátrica, porque mesmo com tudo que eu já tinha tentado, com todas as dietas, eu não conseguia emagrecer. Emagrecia 4 kg ou 5 kg e depois o peso voltava em dobro. Isso estava me frustrando demais. Eu estava entrando em depressão”.

“Já não me olhava direito no espelho. Eu moro no litoral. A minha família vinha para cá na alta temporada e eu não tinha coragem de ir à praia com eles. Todo mundo ficava na piscina na casa dos meus pais, eu não entrava, ou entrava, mas morria de vergonha”.

PRÓS E CONTRAS DA BARIÁTRICA

Quem já passou por qualquer cirurgia, sabe que o processo não é nada fácil. No caso da bariátrica, é preciso pensar bem e estar comprometido com o projeto, pois é necessário muito jogo de cintura e variadas estratégias para lidar com uma operação que, apesar de ajudar a emagrecer, pode levar a enjoos, flacidez, ansiedade, entre outros efeitos adversos. Além disso, é fundamental ter novas e construtivas atitudes, como mudar a alimentação e fazer exercícios para levar uma vida verdadeiramente saudável e não voltar a engordar tudo de novo. Priscila fez do jeito certo, mesmo assim teve que enfrentar contratempos.

“Eu estudei fazer a cirurgia durante 2 anos por uma questão relacionada ao hipotiroidismo e também porque bariátrica não é só o lado bom do emagrecimento. A bariátrica tem os prós e os contras. Os contras são a falta de vitamina e o pior de tudo é a flacidez. A flacidez acaba com a autoestima da mulher. A autoestima começa a se desenvolver quando você está emagrecendo, mas se você não se cuida, quando vê que está ficando flácida, desanima de novo”.

Um dos efeitos indesejados de quem faz bariátrica é um transtorno conhecido como dumping, um mal estar geralmente causado pelo consumo de carboidratos e açúcar. Apesar do efeito colateral, a Pri arrumou estratégias para não passar tanta vontade, mas ainda sim passou por poucas e boas.

“No Natal foi minha primeira vez de alimentação fora do que eu estava acostumada a comer. Eu comi maionese, pernil e passei muito mal, a ponto de vomitar. Eu não vomito a alimentação, o bariatricado não vomita a alimentação, ele vomita uma baba que parece alienígena. Depois disso, o que eu fiz? Ainda comi um pedaço de pudim. Passei mal e tive que deitar (um dos efeitos do dumping é a sonolência). Dali eu aprendi que eu não comeria mais com o olho.

“Mesmo assim, não passo vontade. Esses dias minha irmã fez bolo de cenoura recheado e eu comi sim. Fui ao casamento da minha prima e comi docinhos, mas agora deixo para comer essas coisas já em casa, na minha cama”.

PUXÃO DE ORELHA

Todo mundo que faz bariátrica sabe, é necessário que o paciente tenha uma postura proativa e decida de fato mudar seus hábitos. Talvez a maior mudança seja mesmo a que a gente tem que fazer na cabeça. Foi isso que Priscila descobriu quando levou um puxão de orelha do médico.

“Quando foi no terceiro mês pós-cirurgia, o médico me perguntou se eu estava malhando. Eu disse que não, que não tinha tempo, que eu trabalhava pegando caixas de 20kg, 25 kg de camarão e que passava o dia inteiro de pé”.

“O médico olhou bem no meu olho e disse que eu continuava com o mesmo papo de gorda: – Você mudou seu corpo, mas sua cabeça ainda não mudou. Aquilo para mim foi um tapa na cara”.

“Naquele dia eu estava completando 3 meses de cirurgia, foi aí que comecei a procurar exercícios para fazer em casa, porque não sou fã de academia. Eu acho que academia não é só para malhar. Parece que é uma disputa de roupa, de quem é mais gostosa… A não ser que você tenha um personal ali para dar atenção só para você. E eu não tenho condições de ter um personal, porque já tenho gastos extras por causa da bariátrica”.

UM EXERCÍCIO QUE FUNCIONE PARA MIM!

Muitas pessoas não começam a fazer exercícios porque fica sempre deixando para o dia seguinte ou criando obstáculos que não existem. No caso da Pri, não foi diferente, mas ela estava segura de si e sabia que não podia desistir depois de tanto esforço!

“Lembro como se fosse hoje: vi vários exercícios na internet, mas nenhum me encantava, um era pesado, outro precisava de peso, elástico, mas eu não tinha nada disso… Para a cabeça de gordo, qualquer empecilho já é motivo para não fazer o bendito do exercício. Tudo era motivo para eu me bloquear”.

“Pensei: gente eu não posso ficar assim, é muita safadeza ficar sem fazer exercícios agora que eu emagreci, fora que a flacidez estava começando a chegar ao braço e à coxa. Depois eu vou ficar toda flácida e vou ficar aí chorona, querendo fazer reparadora, vou ficar igual ao Jason, toda costurada. A minha intenção era fazer uma reparadora se precisasse, mas só nos seios”.

EMAGRECENDO COM AEROHIIT

Pesquisando na internet, a comerciante deu de cara com as aulas do Exercício em Casa. Foi amor à primeira vista.

“Eu vi a Lira ensinando um Aerohiit. Aquilo me animou. Falei nossa: essa professora é doidinha e animada. Comecei a treinar e ali eu comecei a fuçar o Exercício em Casa. Vi que tinha a Lira, o Marcelinho, o Djan, A Dani. Gostei do jeito que a Dani explica…”

“Vi também que tinha várias modalidades, mas foi o Aerohiit que me ajudou muito a emagrecer, porque bariátrica não é um milagre. Você faz, deita no sofá, espera e acontece um milagre. E os exercícios me ajudavam muito. Eu suava muito! Meu médico pediu para chegar na minha meta até o final do ano. Em seis meses eu já tinha atingido 64 kg e ele me elogiou para caramba”.

“Só que conforme fui emagrecendo, vi que estava ficando flácida. Aí eu ouvi falar as meninas falando do grupo Whatsapp do EC. Lá, me falaram sobre o MuscleUp. Eu assinei o MuscleUp e por incrível que pareça em 2 meses, obtive resultado nos braços e nas coxas. Não vou falar que estou super musculosa, mas mudou meu corpo. Aí veio o programa Tone Band”.

COMBATENDO A FLACIDEZ COM MUSCLEUP E TONE BAND

“Quando eu comecei era tudo muito complicado. Eu fazia as aulas de forma livre (sem um programa de treino). Mas para ganhar massa e tornear meu corpo, o melhor foi ser aluna do site, porque eu levanto e tenho uma rotina. Eu sei o que tenho que fazer aquele dia. Eu tenho duas aulas, se eu não gosto, escolho outra. E agora tem também a Tone Band. A melhor coisa que eu fiz da minha vida foi ter entrado nisso aí. Porque se eu não tivesse fazendo exercício em Casa nessa rotina certinha, eu teria que estar em uma academia. Hoje eu já tenho halteres, caneleiras, faixas elásticas, tudo para me ajudar”.

“Para você ter uma ideia, no começo eu nem sabia mexer no site direito, mesmo assim eu fiz os 30 dias do Desafio da Prancha e eu fui a única que chegou aos 5 minutos (tenho um vídeo). Vi o resultado na diminuição do estômago e barriga. E agora todo dia eu faço 1 min ou 1 minuto e meio de prancha”. 

“Eu fico tão relaxada depois das aulas. A endorfina me deixa super sossegada”.

Seguir a rotina de treino foi importante para a aluna, que agora tem certeza que está fazendo os treinos certos, em vez de escolher aleatoriamente! Agora ela sabe o que fazer dia a dia para atingir os resultados que deseja e eles estão aparecendo mesmo!

“Gostei muito quando eu entrei para o site mesmo, porque ali eu tinha uma rotina diária e sabia quais treinos fazer. Achei muito melhor do que fazer as aulas de forma livre. Hoje sei que vou treinar funcional, amanhã é descanso e assim por diante. Eu estava treinando meio louca, sem saber direito que treinos escolher. E aquele não era o melhor jeito de ter resultados”.

“Afinal, quando você tem uma rotina na sua vida, tudo muda. Você sabendo dosar alimentação, exercício e um bom sono, eu acho que tudo segue forte na vida”.

BRIGADEIRO DE ABACATE

“Eu sou contra dieta, como eu vivi uma vida inteira fazendo dieta, hoje eu falo com convicção que sou a favor da reeducação alimentar, onde se come de tudo um pouco, só que moderadamente, sabendo controlar e regrar”.

“Hoje eu faço reeducação alimentar, como arroz e feijão, acrescentei os verdes e legumes que não comia antes. Evito tomar suco de caixinha ou de pó. Quanto menos embalagens eu abrir, melhor para mim. Então eu faço tudo. Hoje os meus bolos são de farelo de aveia ou do coco, de amêndoa, de arroz, de produtos mais naturais para eu não passar mal e me alimentar melhor. açúcar mascavo, de produtos. Meu café é sem açúcar. Eu evito as besteiras, mas eu como. Para não ficar com vontade de chocolate, faço brigadeiros de batata doce e abacate. Eu não passo vontade, eu apenas fiz trocas, até por medo de passar mal”.

“Se quero comer algo como feijoada ou pizza, eu não falo que é uma jacada, mas que é uma alimentação livre, porque logo depois eu faço meu exercício e volto a minha rotina”. 

TRANSFORMAÇÃO RADICAL / NOVO HORIZONTE

A nova Priscila é uma mulher segura de si

“A Priscila de hoje em dia voltou, mas não apenas no quesito corpo. No quesito psicológico, depois de 10 anos, a maturidade veio e meu pensamento é completamente diferente. Eu não penso: hoje eu estou linda, fulana vai me ver na praia… Hoje penso assim: eu sou um mulherão, eu venci a obesidade e todo dia eu venço. Todas as noites, quando vou deitar, agradeço a Deus, por ter vencido e estar vencendo a obesidade. É uma luta e não é fácil”.

“Não foi só a tireoide que me fez engordar. E não posso colocar só a culpa no hipotiroidismo. Ele tem uma parcela? Tem uma parcela. Se eu pudesse, comia besteira todo dia, pão, pizza chocolate. Eu nunca fui de comer muito, mas eu não comia certo. Eu não comia de 3 em 3 horas, não me alimentava direito. Tomava o café da manhã já na hora do almoço e conforme ia passando os horários, eu ia fazendo tudo errado”.

“O que mudou da Prisicila de lá para cá foi a experiência e a maturidade. Não estou preocupada com a opinião de ninguém. Estou preocupada comigo, em me olhar no espelho e me sentir bem. Minha autoestima está elevadíssima, mesmo sabendo que tem uma pele caindo aqui, outro ali, não tem problema!”

“A Pri de 25 e a Pri de 35 têm em comum o caráter, a força de vontade, o jeito comunicativo, prestativo e o amor à família. Eu não mudei por causa disso. Foi difícil eu me aceitar magra, olhar no espelho e ver que eu realmente tinha emagrecido. Para isso eu tinha uma equipe multidisciplinar, com psicóloga e nutricionista. Já fui liberada e estou bem. Se sinto que falta alguma coisa, já pergunto para o meu médico. Eu não deixo as coisas ficarem rolando para eu cair em uma depressão! Mesmo porque hoje eu estou tão bem. Hoje eu sou amor e tento passar as coisas boas da vida para as pessoas”.

“Se eu hoje falecer ou vai ser porque Deus realmente quis, porque chegou a minha hora, mas por obesidade, por sedentarismo, por ser gorda e ficar em casa quieta deitada em uma cama me lamentando, isso não! . E outra coisa: a obesidade é uma doença. As pessoas falam assim: ela relaxou, ela engordou porque ela quis e não é bem assim não. Quando a pessoa chega ali naquele fundo do poço, ninguém sabe o que se passa na cabeça e no organismo dela”.

“Ter colocado exercício na minha vida, me transformou. Nem quando eu tinha 25 anos fazia exercício. Não sou preguiçosa. Hoje eu aprecio o mar e o cheiro da maresia. Eu levanto e falo graças a Deus que estou viva. Mais um dia que venci! Eu gosto de viver e não tenho mais dores. Só reclamo do frio, porque quando eu era gordinha não sentia tanto frio assim”.

“Se um dia eu voltar a engordar, aí sim posso falar que foi relaxo meu, antigamente tinha motivos, hoje seria relaxo, porque psicologicamente estou muito centrada e tenho consciência de tudo que fiz e faço até hoje”.

MENSAGEM

“Nunca faça nenhuma cirurgia, nem mesmo estética, se você não tiver um objetivo futuro. Se for para ter um estilo de vida melhor, para se ver vivendo feliz em 10 ou 20 anos, ok. A bariátrica é uma ajuda, mas não é milagre. Você não faz, deita no sofá e fica esperando emagrecer. Mesmo porque você pode até emagrecer, mas quando a flacidez vem, você fica brava, chora, porque você não quer seu corpo daquele jeito. Porque quando a gente é gordinha está tudo em cima, querendo ou não querendo, a gente é gordinha, mas tudo está no lugar”.

“O que eu posso dizer é o seguinte, faça por você e pela sua saúde, não pelos outros. Antes de fazer qualquer cirurgia, tente de tudo. No caso da bariátrica, veja se é possível mudar hábitos. Eu acho que ela tem que ser a última opção, porque ela é uma operação invasiva, você corta praticamente metade do seu estômago. Também é preciso ter consciência. Não adianta pensar: Eu vou comer tudo de novo e não vou engordar, porque você engorda sim! “.

autor Prof. Dani

Prof. Dani
Especialista em Emagrecimento
CREF 21935

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