Antes e Depois: Jéssica Araújo – 15 Quilos Derretidos em Casa

Antes e Depois: Jéssica Araújo - 15 Quilos Derretidos em Casa

Foi através da leitura que nossa aluna fluminense de Petrópolis/RJ, Jéssica Araújo, encontrou o impulso que precisava para começar a se exercitar em casa e fazer reeducação alimentar. Após ler dois livros motivacionais, conheceu a gente na internet há um ano e meio e decidiu ser uma nova mulher!

Desde então, ela acumulou cerca de 15 quilos derretidos em casa, quase um quinto do peso que tinha antes. Ela mede 1,54 m de altura. Seu peso foi de 78 kg para incríveis 63 kg. 

Divórcio dos pais

Jéssica Araújo não teve uma infância fácil. Seus pais se separaram quando ela tinha apenas 6 anos. A garota foi morar com a avó, que fazia todas as vontades da neta, inclusive a de comer o que Jéssica bem entendesse.

“Também houve a separação dos meus pais aos 6 anos, logo, fui morar com a minha avó, eu tenho pai e mãe vivos, mas como eles eram muito ausentes, minha avó dizia assim: – A menina já não tem pai, nem mãe, deixa ela comer o que ela quer”, conta Jéssica!

“Eu queria arroz, feijão, bife e batata frita. Não comia nenhuma verdura e nenhum legume a não ser batata. Fora uma fase do miojo com ovo frito, aff #oarrependimentobate”, lembra.

Nessa época, bem novinha, ela era alérgica a leite. Uma alergia que durou até os 6 anos apenas. Depois de curada, foi descobrindo o mundo dos queijos, leites, ovos, doces…

“Comecei a comer alimentos como leite de vaca e isso abriu um leque no sentido das gorduras e queijos”, conta Jéssica.

Mesmo depois de curada da alergia a leite, a saúde não deu trégua. Jéssica logo se viu às voltas com uma alergia respiratória. Então, para tratar, dale xaropes calóricos em doses altas.

Aprendendo a comer legumes

Aprendendo a comer legumes

 “Na fase da pré-adolescência, voltei a morar com a minha mãe e ela me ensinou a comer umas coisinhas, como cenoura, couve-flor, enfim. Mas, na adolescência, eu tinha até vergonha de comer perto das pessoas, porque eu não comia nada saudável praticamente, então comecei a introduzir mais algumas coisinhas, um brócolis, alface, beterraba; afinal se eu não fizesse isso, ninguém faria por mim”, constata.

Foi aí que, alguns anos depois, ela encontrou mais um obstáculo para lutar contra os teimosos quilinhos extras. Com 16 anos, Jéssica havia ultrapassado o limite dos 100 quilos.

“Nessa fase eu descobri que tenho ovário policístico, dentre todos os sintomas da doença, engordar, que é um deles, me fez chegar aos cento e poucos quilos, mas assim que descobri a doença, mudei um pouco mais minha maneira de me alimentar, especialmente as quantidades. Comecei a caminhar, 5 vezes por semana, eu voltava da escola a pé, 45 minutos, nisso eu perdi 20 quilos”, conta.

Ela conseguiu sair da casa dos 100 kg, mas com 1,54 m de altura, continuava com bastante sobrepeso e teve que lidar também com o efeito sanfona, oscilando entre 70 kg e 80 kg.

“Durante uns 2 anos, eu ficava entre 70 e 80 quilos, me tornei ovo lacto vegetariana (pessoa que não come nenhum tipo de carne, mas come leite e ovos) apesar de no início eu ainda comer peixe, aliás, tive que aprender a comer, porque eu não gostava de quase nenhum, eu engordei, porque enfiei a cara nas massas, queijo e ovos, com a ideia de “substituir as proteínas”, doce ilusão.

Hoje em dia, muito mais entendida do assunto, lido bem melhor com isso e entendo de verdade a respeito das substituições, mas não era o caso na época, entrei na academia, emagreci, saí, engordei, e vivia esse efeito sanfona na adolescência”, recorda.

Leitura e releitura de si mesma

Leitura e releitura de si mesma

“Bom, aí ano passado motivada pelo livro: Uma Nova Mulher em 30 Dias, comecei a praticar exercícios, como sugestão da autora, procurei na internet e me identifiquei com o Exercício em Casa. Comecei com 40 minutos, pois era o tempo das minhas caminhadas quando consegui perder bastante peso. Depois fui aumentando sem saber, conforme vocês indicam sobre os níveis, porque só encontrei a página no Facebook e o grupo (YouTube/resultados – Facebook) este ano” conta Jéssica.

Comprar roupas era um dos piores momentos para ela. “Não gosto muito de provar até hoje, a sensação de que não vai caber .. enfim. Demorou para eu tomar consciência do meu corpo como ele é. Noção de tamanho… Hoje lido melhor com isso, pode se dizer até que bem. Tinha dificuldade em assimilar minha imagem menor. Puxa, 61 kg! Eu estou quase chegando onde, no início, era impossível! Mas está se fazendo possível, graças a Deus”, comemora a fluminense. 

“Mas ainda estou me acostumando com os buracos no pescoço, a saboneteira rs”, relata.

“Também mudei mais ainda minha alimentação a partir do ano passado, comecei a ler um livro chamado Conselho Sobre Regime Alimentar, a autora deste é Ellen White e a do que citei antes é Fabiana Bertotti”, diz.

“Minha alergia a leite voltou, alguns médicos dizem que é o esperado. Mesmo assim me alimento bem, aprendi tanto a comer verduras e legumes que hoje em dia é até difícil controlar as porções”, entusiasma-se.

Jéssica e o noivo

Jéssica e o noivo

Comida e emoções

Até se adaptar ao novo regime, Jéssica conta dos problemas emocionais causados pela relação não muito saudável com a comida.

“No início, o paladar reclamava, o que tornava minhas refeições uma tortura. Algumas pessoas têm na comida um momento de felicidade, de compensar o que a vida não parece ser justa contigo. Bem, para mim, é isso e é difícil se livrar desse pensamento e entender que comer ainda pode ser um prazer, mesmo quando você come bem, saudável. Frutas também, tive que aprender a comer e gostar, em jejum tudo parece mais gostoso, se quer uma dica, comece pelo café da manhã, funcionou para mim”, sugere.

Driblando a preguiça – quilos derretidos em casa

“Eu não tenho muita disposição, ninguém tem, eu acho. Mas, às vezes, eu digo a mim mesma: vá colocar a roupa e quando já estou com a roupa eu digo: agora você vai fazer, você já está com a roupa”, conta.

“Bem, hoje lendo os artigos do site, vejo que o bom é não passar de 1 hora ou de 4 vídeos… Então, vou seguindo essa base, por todos os que já li”, descreve Jéssica .

Tempo: uma questão de prioridade

Quando começou a treinar, Jéssica conta que se sentia bem cansada!!

“Olha, quando comecei, eu fazia faculdade e trabalhava viajando, então, você chega meia noite e sai às seis da manhã, chega de volta 12 horas depois com sorte e, mesmo assim, procurei ter garra e foco”, afirma.

“Logo no início, eu ficava morta, mas, a cada vez, eu queria mais. E isso também mostrava que estava fazendo no nível e tempo corretos para o início, eu tinha vontade de fazer exercícios no dia seguinte, mesmo trabalhando, estudando e namorando”, conta.

“Fiz muita oração e pedi forças a Deus. Nossa, principalmente ao trocar de série. Troco quando eu sinto que o exercício já não me cansa tanto, que já gravei os passos e olha que isso é muito difícil (risos). Dá um gás quando a gente mudar, mas e as dores musculares? Bom, se dói o músculo, eu fico feliz, se está doendo, está funcionando, né?” Contemporiza.

“Sempre penso na dor músculo como boa, depois de um tempo, seu corpo vai se adaptando, melhora… Nunca tive nenhuma lesão, sempre tento fazer as posições de maneira correta e oro a Deus para isso. Minha coordenação motora não é das melhores, nisso o Exercício em Casa ganhou mais um ponto comigo, passo vergonha normalmente só para mim mesma (risos)”, brinca.

“Mas, com o tempo, você acaba percebendo que os horários solitários em casa às vezes não se encaixam no seu dia e fui me acostumando com a plateia por vezes existente rs. No entanto, sendo bem sincera, nada como estar a sós com o professor, o foco é maior e preciso da atenção para os movimentos, né?, relata”

 “Atualmente estou noiva e não larguei os exercícios, meu avô teve um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Eu ajudo a cuidar dele quase em tempo integral, principalmente nos horários noturnos, de madrugada… Tive que dar uma parada de 1 mês, mas não larguei os exercícios, voltei e não me arrependo”, conta vitoriosa. 

“Faço estágio e cuido dele. Só que a gente arruma tempo quando percebe que se cuidar é prioridade. É um tempo gostoso e importante que tiramos para nós mesmos, para passar com a gente, espairecer e organizar a mente ou esvaziá-la um pouco também às vezes. Isso se faz necessário”, argumenta.

Jéssica e o avô

Jéssica e o avô

Melhora no condicionamento

“Hoje em dia eu me alongo, sabe? Aprendi a importância do alongamento até para a recuperação dos músculos e dos dias de descanso, até 2, prefiro só 1, meu corpo funciona melhor assim, sente falta, normalmente descanso sábado e, de manhã, é meu horário preferido para me exercitar, logo cedo tenho a sensação de missão cumprida e de que não que estou devendo”, afirma.

“Mas nem sempre tenho tempo disponível, hoje por exemplo, já fiz. Sempre depois do treino faço dez minutos de alongamento. Hoje em dia eu faço HIIT (treino intenso), o que melhorou muito meu condicionamento físico. A gente vê o crescimento, sabe? O quanto passamos a aguentar mais e melhor os exercícios e a melhorar a prática dos movimentos”, relata.

“Eu ainda não faço muita localizada, como ouço dizer de vocês, primeiro emagreça, depois foque na localizada. Só faço dez minutinhos de abdominal. Mais para frente, pretendo ir mudando meus treinos e séries e incluir localizada com pouca e depois frequência regular”, planeja.

Amor também ajuda

Amor também ajuda

“Me sinto mais feliz até no meu relacionamento, quando nos valorizamos mais, o outro percebe e te dá ainda mais valor, nunca tive falta disso, meu noivo lindo sempre foi um incentivador, somos um do outro, mas admito que estou barrando ele na questão de ser fitness e de se cuidar”, conta.

“Eu preciso mais, é visível, mas a gente sabe que a prática (de exercícios) é benéfica até para quem já é magro e não tem tendência a engordar nem a ter complicações médicas. Afinal, ser magro e ter saúde são coisas diferentes, um dia eu posso chegar a ser magra, mas quero ser uma magra com saúde!” Afirma consciente. 

“Minha autoestima está lá em cima! Sempre me lembro de uma frase do primeiro livro que citei: – Seja sempre sua melhor versão de si mesmo! Você pode! Melhorei muito, mas ainda pretendo mais. Sempre podemos melhorar, a vida é crescer a cada dia”, filosofa Jéssica.

Hora da virada

A calça de Jéssica passou do número 46 para o 40. Ela conta também que tem ainda mais prazer de treinar no inverno. Dizem que o inverno queima mais calorias e isso não é mito, pois nosso corpo precisa de mais calor (ou seja, de mais calorias) para se manter aquecido.

A jovem conta que desde o outono, inclusive, quando chegou o tempo mais frio, vem perdendo mais peso. A média de perda de peso dela era 1 kg por mês e hoje tem sido de 2 kg por mês!!

Mas se você quer ter resultados? Jéssica avisa: só com disciplina.

“Quando eu falo em reeducação alimentar e regularidade nos exercícios, as pessoas torcem o nariz, e quando falo sobre ser ovo lacto vegetariana, mais ainda, e mais ainda quando digo que não como nada com leite de vaca rs, mas isso também me ajuda, sabe?”, conta.

“As pessoas não querem disciplina, elas querem milagre e por isso perdem tempo com dietas e pagam academia que nem se dedicam, nem vão, enfim”, critica.

“Não existe milagre quando a questão é emagrecer. Mesmo as cirurgias bariátricas, algumas pessoas emagrecem antes de fazê-la e depois tem uma dieta super rígida pelo que eu sei”, diz .

“Mas o fato é que se eu consegui e tenho conseguido mesmo com tantos obstáculos, qualquer um pode. Tenha metas realistas! Conheça-te a ti mesmo. Saiba quais são seus limites e explore-os. Eles sempre podem alargar as fronteiras com dedicação e tempo”, incentiva Jéssica.

autor Prof. Dani

Prof. Dani
Especialista em Emagrecimento
CREF 21935

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